domingo, 28 de março de 2021

 

O Rei e a Concubina.

Ah! Meu rei... Abriste-me a câmara
Dos meus desertos ancestrais
Roubaste-me o sabor de tâmara
Os verdes dos meus quintais
A aurora dos meus areais
Sobre as dunas do arquiteto
Estendeste-me, nua e lânguida
A esperar por teu afeto
Tua mão insólita
No que jaz da amante arguida
Voltam-me os dias
Lembranças destes anais
Tua espada era um verbo em chama
Sem querer tu me ferias
E hoje ainda teu fel me clama

LRM / 21/06/2015


       
            




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